terça-feira, 11 de março de 2008

"Abraços de quem chegou..."

Hoje eu senti um abraço e foi fácil notar que nada tinha a ver com o seu. Eu não me senti naqueles braços, porque em nada eles se pareciam comigo; eles tentavam me aquecer com um carecer e não um querer. Foi então que percebi que amanhã ao te encontrar eu preciso olhar em seus olhos e depois te abraçar calorosamente para poder sentir, apenas sentir o seu calor que tão intensamente não deixa espaços para um querer egoísta e apenas necessário.

" Infelizmente,
há braços que foram feitos para as batalhas,
e não para os abraços."

segunda-feira, 3 de março de 2008

Muito além do labirinto pensante esta o inebriante, por todas as direções; está no que se move paralelamente com os desejos das almas que só querem vida. Está na liberdade, na amizade e na simples cumplicidade de se ter optado por mais viver. Porque são longe das armaduras da precisão do tempo que estão os sorrisos; e os ponteiros do mundo que não se atrevam a não me consentir horas ao acaso!

"Sou um pescador de sonhos,
Um garimpeiro da felicidade.
Amo o longe, o inatingível.
Sonhos imensos, tensos,
Densos, sonhos de viver.
De beber a vida e se saciar.
Se embriagar, tomar
Porres de felicidade.
Pesco em mares arredios,
Calmos, normais.
Garimpo em todos os cantos,
Nos pequenos gestos,
Nas pequenas coisas.
Procuro encontrar o brilho
Nos olhos, o brilhante
Incandescente que existe
Em tudo.
Sou feliz do meu jeito.
E no meu peito explode
Todos os dias um turbilhão
De cores, odores, gestos,
Jeitos e sonhos.
Sou um pescador de mim.
Isco-me todos os dias.
Garimpo as minhas idéias,
As minhas vontades.
Escolho, separo, reparo,
Rearumo, desarumo, mudo
O rumo, começo tudo
Outra vez...
De novo, sempre,
Necessariamente.
Dia à dia.
Hora à Hora.
Agora. "

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

doce infância

Quando eu era criança, por volta dos 8 anos, eu fugiu da sala de aula e me escondia na biblioteca. Eu subia em uma das prateleiras e ficava ali no escuro tentando entender mais de mim e das belas palavras de Machado de Assis.
Hoje com 1,72 de altura ainda me sinto uma pequenina com o livro nas mãos buscando mais de mim e ansiando por mais vida!


ps: Aqui ainda chove, mas o vendaval passou.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

A chuva não para de cair lá fora e tudo está tão embaçado por aqui!
"(...) Estou por assim dizer vendo claramente o vazio
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço.
Além do que:
Que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes(...)"

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

"Pra que manter os pés no chão se todo mundo quer voar!?!"

Ontem nas nuvens quando eu gargalhei me disseram que não ter medo é não ter noção do perigo. Mas ao olhar o céu, o mar e ao sentir o vento eu percebi que não arriscar é desconhecer a vida!

"Vento, ventania, agora que estou solto na vida
Me leve pra qualquer lugar
Me leve, mas não me faça voltar."

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

rindo ou chorando!

Ontem choveu e eu não conseguia ver sorrisos, fugi das palavras que buscavam tantas definições e que me torturavam. Mas hoje o céu amanheceu tão lindo, claro; e eu senti as letras escorregarem pelos meus dedos me ensinando a contar rindo ou chorando o quanto de algum modo a vida sempre vai valer a pena!